Descubra o que a ciência diz sobre a psicanálise: ela realmente funciona?

A psicanálise, ou terapia psicanalítica, é uma forma de tratar problemas psicológicos de longa data que se baseia nos comportamentos de crença. Esses comportamentos têm mecanismos subjacentes que podem não ser reconhecidos, e se manifestar de forma inconsciente.

Com este entendimento, é possível pensar sobre o significado e as razões por trás de uma determinada postura e conduzir a possibilidade de mudança.

Embora a psicologia da mente descrita por Freud tenha se baseado na existência de um estado inconsciente, ele não foi o criador do termo. Os filósofos ocidentais do século XVII, John Locke e René Descartes e, mais tarde, Gottfried Wilhelm Liebniz, propuseram a ideia de um inconsciente, especulando a existência de algo dentro da mente, além da consciência, que também é capaz de influenciar comportamentos.

Razões para buscar tratamento psicanalítico

As pessoas podem buscar assistência psicanalítica por muitas razões – padrões de relação fracassados ou destrutivos, estresse no trabalho, depressão ou ansiedade, distúrbios de personalidade ou problemas em torno da autoidentidade e da sexualidade. Alguns buscam terapia após uma perda significativa, seja por morte ou divórcio, ou como resultado de um evento traumático ou abuso na infância ou na adolescência.

Um paciente pode consultar um psicoterapeuta psicoanalítico uma ou mais vezes por semana ao longo de meses ou anos. Um psicanalista pode receber um mesmo paciente por quatro ou cinco vezes por semana.

As consultas regulares e consistentes de 45 a 50 minutos permitem, ao longo do tempo, acompanhar e reunir informações sobre os padrões de pensamento e comportamento e a forma como estes afetam a pessoa em termos de seu estado emocional, bem como relacionamentos com parceiros, famílias, amigos, trabalho e a comunidade.

Psicanálise pelo mundo

Na Austrália, as pessoas que consultam um psicanalista ou um terapeuta psicanalítico que são medicamente treinados, seja como psiquiatra ou outra modalidade médica, podem conseguir as sessões pelo programa Medicare de forma contínua.

As pessoas que estão em terapia ou análises com profissionais não médicos podem solicitar até dez consultas por ano civil sob o Medicare, dependendo das qualificações profissionais do terapeuta.

O treinamento em psicanálise e terapia psicanalítica geralmente ocorre em um período de, pelo menos, cinco anos. É aberto a profissionais de várias áreas de formação, como psiquiatria, prática geral, psicologia, serviço social e enfermagem.

Esse treinamento inclui uma perspectiva de desenvolvimento, que considera o impacto que experiências da primeira e segunda infância podem ter sobre o indivíduo na vida adulta.

Ele engloba teoria, trabalho clínico supervisionado e observação de um bebê desde o nascimento, por um ano, com seminários de acompanhamento. Todos os formandos realizam análises pessoais ou terapia psicanalítica durante o período de treinamento.

O processo de tratamento

Em uma sessão, os pacientes tentam dizer tudo o que lhes vem à mente, permitindo que exteriorizem pensamentos, sentimentos, memórias e sonhos. Para habilitar seu depoimento, alguns deitam em um sofá com o terapeuta sentado atrás deles; outros se sentam cara a cara com o psicanalista.

Nessa configuração confidencial, e à medida que se cria confiança, pistas para o mundo inconsciente e interno do paciente começam a se formar, e padrões de relacionamento e possibilidades de evitá-los tornam-se visíveis.

O analista escuta cuidadosamente os reflexos, sonhos, memórias e pensamentos do paciente e tenta avaliar o que eles significam.

Espera-se que o paciente desenvolva uma visão sobre os padrões de vida destrutivos e a forma como estes foram formados, e entendê-los como uma resposta aos eventos pelos quais passou e relacionamentos que vive ou viveu.

Isso é eficaz?

Há um debate considerável sobre a eficácia do tratamento psicanalítico. Um problema apontado frequentemente é a relutância da profissão psicanalítica em reconhecer o valor da pesquisa formal e suas evidências ao desenvolvimento de diferentes trabalhos. Outro é a dificuldade de estudar o tratamento devido à sua natureza de longo prazo.

Um artigo de 2012 declarou:

“… a psicanálise já não é recomendada para tratar doenças mentais devido à falta de sólidas evidências. Uma revisão publicada recentemente não foi capaz de encontrar um único ensaio clínico apurado avaliando a psicanálise clássica. A evidência de uma psicanálise ‘moderna’ a longo prazo era conflitante, na melhor das hipóteses.

No entanto, desde então estudos com resultados mais positivos foram realizados e publicados.

Em 2015, o estudo Tavistock Adult Depression foi publicado. Ele examinava a eficácia da terapia psicanalítica. A pesquisa utilizou o modelo de teste do controle aleatório para examinar o tratamento de um grupo de pacientes diagnosticados com depressão profunda de longa data, que não tiveram sucesso em, pelo menos, dois tratamentos diferentes.

Um dos grupos foi submetido à terapia psicanalítica por dois anos; outro grupo de controle foi tratado com terapia cognitiva-comportamental, na qual os pacientes aprendem novas maneiras de pensar e se comportar.

Embora os resultados não tenham sido significativamente distintos entre os dois grupos ao final do tratamento, surgiram diferenças mais evidentes após 24, 30 e 42 meses.

Os resultados de depressão baseados em observação e questionários de autorrelatos mostraram declínios mais acentuados no grupo de terapia psicanalítica, junto a maiores melhorias na forma como se relacionam socialmente em relação ao grupo que passou por terapias cognitivo-comportamentais. Isso sugere que a terapia psicanalítica de longo prazo é útil para melhorar o desfecho da depressão resistente ao tratamento.

Entre pais e filhos

Um segundo estudo liderado pelo mesmo autor, publicado em 2016, analisou a terapia psicanalítica pai-bebê, que visa melhorar a interação entre pais e filhos. Os participantes foram alocados aleatoriamente nessa modalidade de psicoterapia, para garantir cuidados primários de suporte.

Não houve diferença significativa no resultado das medidas de desenvolvimento infantil, interação pai-bebê ou a capacidade de o progenitor considerar o estado mental do bebê, bem como o seu próprio estado.

No entanto, aqueles que receberam psicoterapia pai-bebê apresentaram melhorias em vários aspectos da saúde mental materna, incluindo no estresse parental e nas representações parentais do bebê e sua relação com os progenitores. Isso sugere que a terapia psicanalítica tem potencial para melhorar o relacionamento pai-bebê.

Os críticos da psicanálise argumentaram contra a duração do tratamento e seu alto custo, inacessível à maior parte das pessoas. Um paciente que procura psicoterapia pode não querer nem exigir tratamento de longo prazo, buscando apenas resolver alguns assuntos pontuais. Pode ser que a terapia comportamental cognitiva ou outros tipos de tratamento sejam a opção mais apropriada para esses pacientes em particular.

Muitas vezes, não é possível sustentar a terapia psicanalítica de longo prazo dentro das restrições de financiamento do sistema público de saúde mental e bem-estar social. Mais terapias centradas em solução e de sessão única podem ser aplicadas em indivíduos e famílias com dificuldades.

A terapia psicanalítica não está prontamente disponível em áreas regionais, rurais e remotas. Embora a “terapia à distância” esteja disponível através de tecnologias como Skype, Facetime, Zoom e por telefone, isso precisa ser avaliado para verificar se teria o mesmo efeito que a terapia cara a cara.

Este artigo foi originalmente publicado na The Conversation. [ScienceAlert]

 

20 Regras pra Viver Bem

1.. Faça uma pausa de 10 minutos por cada 2 horas de trabalho,no máximo.
Repita estas pausas em sua vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2.. APRENDA a DIZER NÃO, sem sentir-se
culpado, ou achando que magoa alguém.
Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3.. PLANEJE seu dia, porém deixe sempre um bom espaço para qualquer imprevisto, consciente de que tudo não depende só de você.

4.. CONCENTRE-SE em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágil que seja sua mente,
isso te cansa.

5.ESQUEÇA de uma vez por todas que você é indispensável no trabalho, em casa ou no grupo de amigos.

Por mais que isso lhe desagrade, tudo caminha sem sua atuação, a não ser você mesmo.

6.. DEIXE de sentir-se responsável pelo prazer dos outros. Você não é a fonte do desejos, nem o eterno mestre de cerimonia.

7.. PEÇA AJUDA sempre que seja necessário, tendo o bom sentido de pedir as pessoas certas.

8.. SEPARE os problemas reais dos imaginários e elimine-os, porque é perda de tempo e ocupam espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9.. TENTE descobrir o prazer de coisas cotidianas como dormir, comer e passear, sem pensar que é o máximo que pode conseguir na vida.

10.. EVITE envolver-se em ansiedades e tensões alheias.
Espere um pouco e depois retorne ao dialogo, para que não haja reação.

11.. SUA FAMÍLIA NÃO é você, está junto a você, compõe seu mundo porém você tem a sua própria identidade.

12.. COMPREENDA que princípios, convicções inflexíveis podem ser uma grande barreira para a busca de um ideal.

13.. É NECESSÁRIO ter sempre alguém a quem se possa confiar e falar abertamente. Não serve se esta longe.

14.. CONHEÇA a hora certa de sair de cena, levantar-se e deixar uma reunião.
Nunca perca o sentido da importância sútil de sair na hora correta.

15.. NÃO QUEIRA saber se falaram mal de você, nem se atormente com esse desgaste mental.
Escute o que falaram de bem a seu respeito com reserva analítica, sem crer em tudo.

16.. COMPETIR em momentos de diversão, trabalho e vida conjugal, é ideal para quem quer ficar cansado e perder a melhor parte.

17..A DUREZA é boa nas pedras porem não nos seres humanos.

18..Uma hora de IMENSO PRAZER substitui com tranquilidade, três horas de sono perdido.
O prazer recompensa mais que o sono. Por isso, não perca uma boa oportunidade de se divertir.

19.. NÃO ABANDONE suas três grandes e infalíveis amigas. Intuição, Inocência e Fé.

20.. ENTENDA de uma vez por todas e definitivamente na conclusão:
VOCÊ É O QUE VOCÊ FAZ DE VOCÊ MESMO.

A BIOLOGIA DO PENSAMENTO

Por Mônica Tarantino e Eduardo Araia, para a Revista Planeta
Um respeitado pesquisador de células-tronco, o norte-americano Bruce Lipton rompeu as fronteiras da biologia tradicional ao incorporar a ela conceitos da física quântica. Idéias surgidas a partir dessa ótica, como a equivalência da membrana celular ao “cérebro” das células e o controle que o ambiente exerce sobre as células a partir de suas membranas, confirmam a íntima relação mente-corpo e indicam como podemos usar os pensamentos para assumir o controle de nossa vida. Lipton relata sua extraordinária trajetória em “A Biologia da Crença” (Ed. Butterfly), tema da entrevista a seguir.
Em A Biologia da Crença, Lipton explica a íntima relação entre mente e corpo e o poder do pensamento na cura.

PLANETA – O que é a “nova biologia” a que o senhor se refere em seu livro?
Bruce Lipton – Quando introduzi esses conceitos, em 1980, quase todos os meus colegas cientistas os consideraram inverossímeis. Mas a profunda revisão que a biologia convencional tem feito desde aquela época a leva hoje às mesmas conclusões a que cheguei 25 anos atrás. Os cientistas sabem que os genes não controlam a vida, mas a maior parte da imprensa ainda informa ao povo o contrário. As pessoas atribuem inicialmente suas deficiências e doenças a disfunções genéticas. As crenças sobre os genes levam-nas a se ver como “vítimas” da hereditariedade. Os biólogos convencionais ainda consideram que o núcleo (o componente interno da célula que contém os genes) “controla” a vida, uma idéia que enfatiza os genes como o fator primário desse controle. Já a nova biologia conclui que a membrana celular (a “pele” da célula) é a estrutura que primariamente “controla” o comportamento e a genética de um organismo. A membrana contém os interruptores moleculares que regulam as funções de uma célula em resposta a sinais do ambiente. Para exemplificar: um interruptor de luz pode ser usado para ligá-la ou desligá-la. O interruptor “controla” a luz? Não, já que ele é controlado pela pessoa que o aciona. Um interruptor de membrana é análogo a um interruptor de luz quando liga ou desliga uma função celular, ou a leitura de um gene – mas ele é, de fato, ativado por um sinal do ambiente. A nova biologia enfatiza o ambiente como o controle primordial na biologia.

PLANETA – Sua teoria também está relacionada à física quântica…
Bruce Lipton – Pela medicina convencional, os “mecanismos” físicos que controlam a biologia se baseiam na mecânica newtoniana, a qual enfatiza o reino material (átomos e moléculas). Já a nova biologia considera que os mecanismos da célula são controlados pela mecânica quântica. Ela se concentra no papel das forças de energia invisíveis que formam, coletivamente, campos integrados e interdependentes. Para a mecânica quântica, as forças invisíveis em movimento nos campos são os fatores fundamentais que modelam a matéria. Os cientistas também reconhecem que as moléculas do corpo são controladas por freqüências de energia vibracional, de forma que a luz, o som e outras energias eletromagnéticas influenciam profundamente todas as funções da vida. Entre as forças nergéticas que controlam a vida estão os campos eletromagnéticos gerados pela mente. Na biologia convencional, a ação da mente não é incorporada à compreensão da ida. Por isso, é uma surpresa a medicina reconhecer que o efeito placebo responde por pelo menos um terço das curas médicas, incluindo cirurgias. Ele ocorre quando alguém sara devido à sua crença de que um remédio ou procedimento médico vai curá-lo, mesmo se o medicamento for uma pílula de açúcar ou o procedimento for uma impostura. A nova biologia ressalta o papel da mente como o fator primordial a influenciar a saúde. Nessa realidade, uma vez que controlamos nossos pensamentos, tornamo-nos mestres de nossa vida, e não vítimas dos genes.

PLANETA – Em que a nova biologia difere do darwinismo?
Bruce Lipton – Ela frisa que a evolução não é conduzida pelos mecanismos sublinhados na biologia darwiniana. A teoria de Darwin oferece dois passos básicos para explicar como a evolução ocorreu:

1) mutação aleatória, a crença de que as mutações genéticas são randômicas e não influenciadas pelo meio ambiente – a evolução é conduzida por “acidentes”;
2) seleção natural, na qual a natureza elimina os organismos mais fracos numa “luta” pela existência, na qual há vencedores e perdedores.

Novas descobertas oferecem uma imagem diferente. Em 1988, uma pesquisa revelou que, quando estressados, os organismos têm mecanismos de adaptação molecular para selecionar genes e alterar seu código genético. Ou seja, eles podem mudar sua genética em resposta a experiências ambientais. Outros estudos mostram que a biosfera (todos os animais e plantas) é uma gigantesca comunidade integrada que se baseia em uma cooperação das espécies. A natureza não se importa com indivíduos numa espécie, mas com o que a espécie como um todo está fazendo para o ambiente.

Segundo a nova biologia, a evolução:
1) não é um acidente;
2) baseia-se em cooperação.
Uma teoria mais recente sobre o tema ressaltaria a natureza da harmonia e da comunidade como uma força motriz por trás da evolução.

PLANETA – Como o senhor concluiu que podemos comandar e mudar nossas células e genes?
Bruce Lipton – Minhas primeiras idéias científicas basearam-se em experiências que comecei em 1967, usando culturas de células- tronco clonadas. Nesses estudos, células geneticamente idênticas foram inoculadas em três placas de cultura, cada qual com um diferente meio de crescimento. Em uma placa, as células tronco se tornaram músculo; em outra, células ósseas; na terceira, células de gordura. Meus resultados, publicados em 1977, revelam que o ambiente controlou a atividade genética das células. Esses estudos mostram que os genes propiciam o surgimento de células com “potenciais”, os quais são selecionados e controlados pela célula a partir de condições ambientais. As células ajustam dinamicamente seus genes de forma que eles possam adaptar-se às demandas do ambiente. Mais tarde, descobri que a membrana celular equivalia ao cérebro da célula. No desenvolvimento humano, a pele embriônica é a precursora do cérebro. Nas células e no ser humano, o cérebro lê e interpreta a informação ambiental e então envia sinais para controlar as funções e o comportamento do organismo.

PLANETA – Quem está no comando do nosso corpo?
Bruce Lipton – Nas primeiras semanas do desenvolvimento do embrião, os genes basicamente controlam o desenvolvimento do plano corporal de um humano (criam dois braços, duas pernas, etc.). Uma vez que o embrião toma a forma humana (torna-se um feto), os genes assumem uma posição secundária, controlando o desenvolvimento do corpo pela informação ambiental. Durante esse período, a estrutura e a função do corpo fetal são ajustadas em resposta à percepção do ambiente da mãe, que, via placenta, influencia a genética e a programação comportamental do feto. A “leitura” dos sinais ambientais (no útero e após o nascimento) capacita as células do corpo e seus genes a fazer ajustes biológicos para sustentar a vida. Como os sinais ambientais são lidos e interpretados pelas “percepções da mente”, a mente se torna a força básica que, em última instância, modela a vida de uma pessoa.

PLANETA – Como os campos energéticos controlam a bioquímica do corpo?
Bruce Lipton – As funções do corpo derivam do movimento das moléculas (basicamente proteínas). As moléculas mudam de forma em resposta a cargas eletromagnéticas ambientais. Influências físicas tais como hormônios e remédios podem oferecer essas cargas elétricas indutoras de movimento. Mas campos de energia vibracional harmonicamente ressonantes também fazem as moléculas mudar de forma e ativar suas funções. Enzimas de proteínas podem ser ativadas num tubo de ensaio por substâncias químicas e por freqüências eletromagnéticas, como ondas de luz.
PLANETA – Podemos evitar doenças enviando mensagens positivas para nossas células?
Só 5% das doenças humanas são relacionadas a defeitos genéticos de nascença. Portanto, 95% de nós nascemos com um genoma adequado a uma vida saudável. Para os doentes dessa maioria, a pergunta é: por que estamos tendo problemas de saúde? Reconhece-se hoje que o estilo de vida causa mais de 90% dos problemas de coração, mais de 60% dos casos de câncer e, talvez, todos os casos de diabete tipo 2. Quanto mais olhamos, mais vemos como nossas emoções, reações à vida, dieta pobre, falta de exercício e estresse modelam nossa vida. Como temos um controle significativo sobre nosso organismo, podemos reprogramar a saúde e a vida com nossas intenções. Se de fato soubessem como o seu organismo funciona, as pessoas poderiam influenciar sua saúde, e isso seria o melhor preventivo para a doença.

PLANETA – É possível remodelar nossos pensamentos mais profundos?
Bruce Lipton – O problema é que não entendíamos como a mente trabalha. Temos duas mentes, a consciente e a inconsciente. Associamos a primeira à nossa identidade pessoal – é a mente pensante, racional. A mente subconsciente opera sem a supervisão da consciente – é a “mente automática”. Se as crenças da mente subconsciente conflitarem com os desejos da mente consciente, quem ganhará? A resposta é clara: a mente subconsciente, pois ela é uma processadora de informações um milhão de vezes mais poderosa do que a outra e, como os neurocientistas revelam, opera em torno de 95% do tempo. Pensávamos que se a mente consciente se tornasse cônscia de nossos problemas, automaticamente corrigiria quaisquer programas negativos descarregados na mente subconsciente. Mas isso não funciona, porque a mente subconsciente é como um gravador – ela grava comportamentos (os fundamentais, na maioria, são armazenados antes dos seis anos de idade) e, ao se apertar um botão, o programa será repetido incontáveis vezes (hábitos). Não existe uma “entidade” na mente subconsciente que “ouça” o que a mente consciente quer.

Pensamentos positivos funcionam quando a meta desejada é apoiada pelas intenções da mente consciente e pelos programas da mente subconsciente. Quanto a isso, existem três maneiras de mudar crenças velhas, limitantes ou sabotadoras na mente subconsciente: a meditação budista mindfulness, a hipnoterapia clínica e a chamada “psicologia da energia”.